torsdag, september 30

boatos

diz-se alhures que eu carrego em meu telemóvel o contacto telefónico de deus himself.
pois eu não confirmo.
nem desminto.

cadernos velhos,coração cansado

tenho a vida empilhada em alguns cadernos.hoje regressei ao mais recente.mais precisamente a dezembro de 2003 quando andarilhei a andaluzia.
entre sevilha e cádiz um verso de josé angél valente:

porque es nuestro el exílio
no el reino


e eu mais à frente perguntando se a felicidade pode ser antigestaltista, se pode ser uma soma de contentamentos ...

insónia,com compêndio matinal

fazia tempo que eu não registava um sintoma de insónia.
a de esta noite surgiu como uma boa greve vermelhusca,sem aviso prévio.
foi uma bonita insónia , com direito a lua cheia e tudo .
mas omelhor de tudo , foi a sessão matinal da insónia.fazia anos que não via uma maré tão baixa, o areal ficou revelado muito para além do ordinário.
além de tudo, estava uma neblina tão perfeita e exacta que se diria cinzelada.e eu estive lá, redescobrindo como é bom um areal deserto e o cheiro da maresia e tudo aquilo meu , só para mim, para meu único deleite.

promiscuidade on-line

é estar a falar no messanger,enquanto posta no blogger,diz olá por email,manda um scrap pelo orkut,consulta a meteorologia no jornal,deixa uma foto no photolog,vai ao multiply consultar ma receita de pasta carbonara,resmunga numa comunidade orkutiana,volta ao blogger,consulta as estatísticas,faz uma pesquisa sobre poesia hermética e ainda consegue afagar o cão.
enquanto isso, o amigo no messanger fez o exactamente o mesmo , enquanto jogava word racing com um amigo sul coreano.

espinho ( para uns certos já idos , espeto)

não haveria no mundo cidade mais consoante com o meu estado de espírito actual.
a linha do caminho-de-ferro(grande cavalo de ferro , para os menos versados) atravessa a cidade a meio,como uma cicatriz no rosto.
lembro-me agora da mulher de o livro das ilusões de paul auster, a mulher da cicatriz no rosto que retirou a um homem o medo de voar, mas isso é outra história.
nos últimos meses ,iniciaram-se as obras que vão fazer a linha de caminho -de-ferro ser subterrânea.
bordejando toda a linha férrea e uma das principais avenidas da cidade(espinho tem números ),a avenida 8, ( nova iorque inspirou-se directamente nos modismos algébricos espinhenses) havia um corredor de ancestrais palmeiras tropicais.
essa avenida está agora totalmente isenta dessas palmeiras que foram transplantadas para outro lugar.
o efeito de estranhamento produzido pela ausência das palmeiras é intenso .

mas o que suscitou o rabisco que estou a fazer é o facto de algumas obras estarem a ser feitas de noite.
o conjunto de sons assemelha-se a um submarino.pelo menos ao som dos submarinos da minha imaginação .
e é surreal ver estes homens de língua estranha escavar túneis pela calada da noite.muitos filmes de espionagem já escorreram de minhas retinas.



o que também não me escapa é a função cidade na minha pele.nos últimos tempos,cogitando a hipótese de me escapulir para paragens londrinas,espinho ficou com outros contornos.
a pequena cidade da nortada e da maresia,quase sem história,ficou a pesar-me na pele que de tanto planear nomadismo julgava vazia.

e fiquei muito sentimental ao ver esta cidade ficar despenteada , sem as suas palmeiras .
assim , como eu, à procura do bater calmo do meu coração, quase esvaziada .


play it again,sam

hoje , matutava eu em certa figura de minha existência , enquanto crescia em mim algo entre uma irritação exacerbada e uma incapacitante tendinite de ódio .
e uma palavra se me afigurou ao espírito , cloaca maxima.
e foi muito útil ter mandado beltrano de tal ir dar ali uma voltinha à cloaca maxima e não voltar.

a partir de hoje vou usar isto mais vezes. e é que soa tão bem , experimentem !

nova crónica semanal

anuncia-se neste neste sétimo andar à beira-mar plantado, uma nova crónica semanal intitulada «my life as canguru » do nosso enviado especial a adelaide,austrália.
novidades em breve.

nostalgia

eu achava muito mais simpático o ancestral procedimento de matar o portador de uma má notícia.
agora , que farei eu do meu desastre?

e as feministas,senhor?

entre o meu grupo de amizades femininas,várias foram aquelas que se renderam aos encantos das manualidades e das agulhas.
nos últimos passaram a circular entre nós estranhos objectos, linhas e revistas cuidadosamente instrutivas na muito real língua castelhana com a mesma facilidade com que dantes se discorria sobre os estudos pós-femininos e o papel da mulher na sociedade do século XXI.

não tendo sido agraciada pela divina improcedência com estes dotes ancestrais de manualidades,reservo-me o papel de cronista-mor e consultoria estética.
a sónia conta com algum favoritismo pelo manuseamento eficaz e célere da agulha,sendo seguida muito de perto pela sofia que admnistra sabiamente a paleta cromática.
já as neófitas maria e estela registam avanços significativos e afiguram-se como reforços importantes para a liga mundial das mulheres independentes e progressistas adeptas dos ancestrais labores femininos(LMMIPAALF).

mon adieu

tudo foi feito e refeito.dito, atravessado,amado e adiado.e daí se recomeçou como se a paisagem fosse a que pudesse for inventada.de noite procurou-se sempe o lado mais escuro e quando chegaste eu estava onde fico agora.
daqui parto para a reinvenção do quem em mim sempre estará.vou riscar fósforos no deserto , fazer incêndios que só eu verei .
quando eu regressar risco o caderno,afio o lápis e vou inventar o sol pelos muros da cidade.

errata

eu acreditei que dançando descalça no fio mais solto da tua mão , podia inventar um laço vermelho que me atasse à terra.
ninguém me prendeu e agora que a terra é toda minha ouso espreitar o vindouro.para não mais regressar à minha promessa.

montanha mágica,cof,cof

andava eu numa fase existencialista,curvada perante a deriva abissal e periclitante do absurdo humano,quando julguei por bem remeter-me a um provisório e hospitalar silêncio.
foi o outono , disse-me a tão querida márcia, do outro lado do hemisfério.
mentira , digo eu estrepitosamente!

qual silêncio , qual quê?
muito barulho por nada, muito barulho por pouco, viva a hemorragia verbal , a palavra desatada , a sintaxe desvairada.
de hoje em diante viverei meus distúrbios bi-polares,minhas pré e pós psicoses,minhas angústias metafísico-ontológico-pragmatico-culinario-existencias com aquilo que mais gosto na vida: uma boa palavrinha.um discurso desvairado.uma descordenação semântica.um logos em desatino.um verbo feito carne,feito sal,feito eu ,feito isto que logo desfaço .
até já!
ufa!
viva o regresso à desnormalidade!

desvios de personalidade

sempre fui mais nefelibata do que telúrica.
os pés no chão sempre resultaram em passos hesitantes e tropeções junto do coração da navalha.
do desajuste em mim , por mim criado , procuro um lugar habitável.
um lugar onde se adormeça tão crente como antes de não mais crer na esperança.

vida alienígena

andava eu a ocupar-me do mui nobre ofício linkador,quando eis -me contraída de espanto constatando um auspiciso script de template em quarto minguante.
sim,confirma-se,o meu template é bulímico .

espinho ,parte dois

nuno júdice tem um pequeno livrinho intitulado roseira de espinho.
neste refere-se ao poeta manuel laranjeira e o que acho mais engraçado nesse livro é a relação feita entre a geometria racional das ruas de espinho e a sensibilidade emotiva do poeta suicida.
realmente,estou estupefacta com a importância com que este lugarejo de repente ficou em mim.
parece que a memória tem mesmo geografia e as emoções uma cartografia.
aqui , não sei se sou eu que me reconheço nas ruas onde fui feliz,ou se as ruas me chamam agora ,estreitando -me num consolo de pedra e maresia.

borges ensina

segundo provecta lição , que para se sair de um labirinto deve tornar-se sempre à esquerda.
sempre segui , com muito afinco e seriedade,as lições do mestre.
mas quedo-me sempre tropeçando no coração.

para o meu dicionário aporístico

a quem dá tudo , sobra sempre mais.

onsdag, september 29

despojos

de hoje em diante colherei as paisagens e elas serão só minhas porque eu sei olhar até onde está o avesso do visível.
escolherei noites muito escuras , porque só assim me apetecerão dias irrevogáveis.
e onde quer que esteja, o excesso estará comigo pois talho-me sempre pelo tamanho das coisas que não alcanço.
se um dia abrires a mão eu estarei perto,mas não saberás mais como chamar.

mandag, september 27

outono

fingido este. e dissimulado.
estou apaixonada!






fingido

este outono , e extremamente dissimulado.
estou apaixonada!

telefones, ou talvez não

se o silêncio acontece
e o coração
estiver esquecido
ainda aberto sobre a mesa
como inventarei
as palavras
de te dizer adeus?


fredag, september 24

intervalo comercial

eu tenho medo de ovos.
impressiona-me tocá-los e imaginar o seu ancestral percurso .
vejo-os sempre com a perturbante recordação infantil de um professor projectando orgulhosamente acetatos de um ovo com o respectivo pintainho lá dentro.
desde então, jamais fui capaz de abrir um coma necessária bonomia corriqueria.
toda a minha coragem no manuseamento do estranho objecto consiste em fazer com ele pontaria para uma panela de água quente.o sucesso é variável,mas tenho vindo a registar alguns progressos.
e aqui reside o meu dilema:como averiguar do grau de cozedura do ovo?
eu sei ...cálculos matemáticos,despertadores de cozinhas...mas no caótico mundo alexandrino , isso é realmente um problema.
definitivamente,tenho uma relação psicótica com ovos.hate it.



p.s um óptimo tópico para interromper o meu silêncio , ó centelhas do olimpo, concedei-me alguma parca lucidez!

poluição ,persona e patologias q.b

setembro ,que quase finda,é o mês da desabitação e do regresso ao silêncio.
também eu , objecto estranho de mim,me silencio.
e foi mesmo só isso que aqui vim fazer: a declaração do meu silêncio.
encerrado para balanço e sem data marcada.
fiquei estranha para as palavras
e o mundo está cheio de azuis,
disseram-me.
faço silêncio para crer.

hasta.

torsdag, september 23

além do azul , mais azul

de terras de vera cruz , a minha mais recente idolatria : cartola.
parafraseando outra voz de lá,diga-se que me « cartolizei»!e assim segue a invenção do meu panteão !

søndag, september 19

contorno

ando a desenhar os contornos das mãos de quem amo.
são estas as linhas onde me destino.

de ontem

ontem eu fui mais três.sem explicação.

croniquetas pós-finisseculares

em espinho a saison religiosa terminou com o habitualmente estrepitoso banquete de fogos.
nossa senhora da ajuda ,diz-se, e no meu escasso vocabulário hagiográfico já vi referências a nossa senhora das dores,dos remédios,da agonia,dos aflitos...
passei a infância arredada do catolicismo ibérico,graças ao republicanismo heráldico do meu avô e ao messianismo marxista da minha mãe e recordo-me do espanto que foi entrar numa igreja pela primeira vez.os rostos agónicos,o sangue literalizado e o roxo dos mantos escorrendo pelas costas das imagens santas.
em dezembro do ano passado,num pequeno restaurante de cádiz, avistei um cristo enorme numa parede do estabelecimento.de cada lado do cristo estavam dependurados dois presuntos gordamente fumados.
de certeza que meu avô se regozijaria com estas manifestações semi-pagãs resistindo a pregação ortodoxa.
entretanto ,hoje houve procissão com foguete e muitas farturas .

o que aqui vai ,outro contou

a noite - enorme
tudo dorme
menos teu nome
[Leminski]

onsdag, september 15

aquellos ojos verdes

os amores da minha vida têm olhos verdes. chico também,mas ele é também um grande amor.chico buarque.
no dia que deus inventou chico, a mulher recomeçou .

mandag, september 13

para usos de gaveta

( não repito a esperança nem a dor.
fico anónimo e animal lembrando manhãs por chegar)


saudade
um barco de papel sobrevoando
o avesso dos olhos.


amor
pássaro sem tempo
bem menor que suas asas.


partida
um lenço cego
a cobrir o corpo de frio .


tu
sílaba atada
ao beijo da boca que te chama.


eu
ditongo fechado
a esconder a cegueira.


nós
monossílabo dual
eu e tu
mais os que trago
apertados na garganta .


ontem
caminho inventado
onde morri sorrindo .


amanhã
nasci da minha vontade
de ver o mar ser azul .


(para r.)
nome
o teu
chamo -o devagar
e ouço planetas na saliva.


sono
uma fada entrou na pele
para embalar a morte.


nascimento
ponte e animal
num só olho .


lídia
o instante dura
feito de pedaços eternos.


tropeção
o necessário
para inventar mais caminho

mulher
a natureza repete
e a morte colhe.


eu
tudo por fazer
toda feita de indecisão .

agora
pedaço de olho
a escutar a melancolia.

ouço
e nada em mim cala
o desejo de fazer irreal .

vejo
e tudo em mim apaga
a distância do teu corpo .


penso e multiplico
onde eu estou
sou sempre mais do que eu .

memória
a raiz mais metafísica
de que seremos morte.

sofia,
teus dois olhos são menores
que teu coração de mil.

automóvel
fico entro o ar que me espera
e o vidro que me fecha.

garfo
música onde a pele se arranha
debaixo de mim.

insónia
olhos amarfanhados
cheios de lençol .

hoje
telefone avariado
e ninguém debaixo do papel.

tapete
os pés são a grandiloquência
da tua servidão.


mambo( my dog)
se lesses o que te dizia
ladrarias alto para me calar.


infância
carros passavam
e o gelado sujou o vestido branco .

olhos
os meus
não os olho.

olhos
os teus
olho-os com os meus.


ro
primeira sílaba
barcos aparecem do ar
nal
e um remo no coração
do
vi que barcos do céu afundavam no mar da terra.

termino
com sabor de início
e de terra lavrada.

sapato
o que calço é o que sonho
mas piso um chão real .

manga
escondendo nos braços
a ternura endereçada.

envelope
debaixo de mim
a barriga é um verbo .

barco
como um envelope
à procura do seu endereço .

unha
pintada e doida
a rabiscar amor na tua cara.

escola
marcadores e compêndios
para sacudir a infância.

terminar
antes de seja tarde
antes que seja
depois do fim.

portugal, o país da bandeira chinesa

ouviu-se hoje no telejornal do canal público : os jogadores terão se recusado a mostrar qualquer identificação .

moi aussi





fredag, september 10

state of mind

???????????????????????????????????????????????
??????????????????????????
????????????????????
????????????
????????
????
??
?

errata

hoje terminei o café sem me aperceber .bebi -o sem qualquer consciência do acto.
hoje fica perto de amanhã e amanhã ontem poderá ficar assim,letárgico e sem nome.
espero o outono e aguardo a dissolução da memória.

teoria da relatividade

de um país distante ,chega-me uma carta com as palavras mais próximas em muitas semanas.

para a fogueira

o homem é o melhor pretexto para acreditar em vida alienígena.

torsdag, september 9

tarot

sou uma pessoa caótica e assistemática , por isso não creio no destino.prefiro abrigar-me no desconforto do acaso e da teimosia.
aperto numa só mão tudo o que tenho e sou imensa.
nos ombros carrego apenas a minha culpa e o sangue da esperança que herdei no útero da minha mãe.
Talanted, maverick, passionate...you are a force to be reckoned with.
Fanny Ardant

Which French Actress Are You?
brought to you by

favorito insistente

o meu pc é bastante não é nada ortodoxo.
ocasionalmente entranham-se-lhe uns favoritos fantasma.um deles é uma online pharmacy.hoje finalmente lá entrei .e sim, sim, há mesmo de tudo , como na farmácia.um clique,cartão de crédito e já está.

não resisto ...

Tori Amos - Your Cloud


where the river cross
crosses the lake
where the words
jump off my pen
and into your pages
do you think
just like that
you can divide
this you as yours
me as mine to
before we were us
if the rain has to separate
from itself
does it say "pick out your cloud?"
pick out your cloud
if there is
a horizontal line
that runs from the map
off your body
straight through the land
shooting up
right through my heart
will this horizontal line
when asked
know how to find
where you end
where i begin
"pick out your cloud"
how light can play
and form a ring of rain
that can change bows into arrows
(i found a thrill)
who we were isn't lost
before we were us
indigo in his own
blue always knew this
if the rain
has to separate
from itself
does it say pick out your cloud?





(p.s melhor não ter medo do que dói.um dia aprenderemos a apertar o casaco sem lembrar da dor que nos emagrecia.)

you can´t divide this , me is mine

tenho a certeza que houve um tempo anterior,um tempo em que me importava pouco mais que olhar sempre além.
chega de olhos baixos.horizontes ao alto , once more,na aprendizagem do testemunho .

habitação e hábitos

que vou recuperando .
como ouvir repetidamente a mesma música,muito alto.por toda a casa.
importante permanecer de pés descalços:é com pureza que se deve receber a música.
agora é tori amos.your cloud,para ficar muito perto da irradiação.

guia turístico

para testemunhar a vida e o mundo não me rasgaram os olhos e
foi com incêndios que os abri à tempestade.
sem saber o que fazer destes braços caídos,ergui-os alto e desenhei abraços.
sobravam-me ainda navegações e nomes de lugares para decorar,mas antes que tudo veio a morte e cansou-me.

on stage

ensaiou com tanto aprumo e dedicação a sua loucura
que quando todos a aplaudiram de pé
ela já não sabia a razão .

at the hairdresser

por vezes, pintar o cabelo pode ser a mais próxima ilusão para pintar a vida.se bem que os efeitos desaparecem sempre ao fim de três semanas.

onsdag, september 8

pensamento que não me sai da cabeça

eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me diaseu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me diasvida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão - me dias eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias. eu vinha para a vida e dão-me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias.eu vinha para a vida e dão -me dias

esta manhã:

a esperança é a fé dos teimosos ou a intuição dos tolos?

mon être niponique

voilá!

My japanese name is 中村 Nakamura (center of the village) 歩 Ayumi (walk, deeper meaning: walk your own way).
Take your real japanese name generator! today!
Created with Rum and Monkey's Name Generator Generator.


tirsdag, september 7

louise bourgeois

aqui encontra-se uma música cuja voz e melodias são da própria louise bourgeois.e eu , eu estou encantada :



( arched figure,1999)

mandag, september 6

lição de russo

em seis linhas de um caderno aos 21 desavisados aninhos:

spit: ela dorme
pesnyu: canção
pyesni: canções
snom:sono
lyes:floresta
Nye byegi ot menya: não me fujas
kudé vam?: para onde vais?
doch:filha


( não me perguntem da pertinência de algumas selecções vocabulares)

nonsense

amanhã, celebra-se no brasil o dia da independência.
um destes dias, sou eu com meu grito de ipiranga personalizado a proclamar uma auto-independência de portugal.

monológo com intervenção de desdobração de personalidade

sobro-me em todos os rostos que amei
e também naqueles que vi
ainda esta manhã
na cidade
no comboio
e em todos os bom dia circunstanciais.
cada vez mais me sinto mais circustancial
menos ousado
e gosto mais do conforto deste sofá
do que da incómoda paisagem que os vidros me oferecem.
pudesse ser tédio e não é
menos que desajuste
mais que conformidade
é circunstância.
e fico detido no meu balanço
em quem deverei eu lembrar
lembrando que fui
por vezes
feliz .
millie ocorre-me
e a mãe
mas não o pai , certamente que não .
uma circunstância mais.
os grandiosos preferem chamar -lhe destino
e deus os agracie pois sem eles maior seria o tédio
e não é tédio que sinto
por mais finissecular que me apontem .
em quantas agendas estará ainda apontado o meu nome?
quantas mulheres apagarão cansadas os seus olhos
lembrando o meu rosto e a promessa por cumprir então feita?
millie não o fará pois millie odeia-me
uma outra circunstância,
outra de tantas
e millie foi a melhor de todas as minhas circunstâncias.
cada vez estou mais rouco
a voz ausenta-se e sofro de um silêncio que é todo ele palpável .
estorvo e sinto-me bem neste papel de ser incómodo
como não fui quando verdadeiramente o podia ter sido
mais uma circunstância
contratempo , dirão os mais financeiros, e deus os agracie
pois sem eles não haveria quem decidisse olhar as rosas e ignorar o mundo .
és velho, scott davidson,muito velho, e nem te suportas olhar ao espelho
como és pateta
tu e essa mania de dizer que estás a ficar sem voz , então cala-te
cultiva oportunos silêncios
recorda quietamente todos que morreram
olha bem: eis aqui os loucos , loucos como tu
sem sorte
sem coragem
e cheios de medo .
olha como sorri a tua mãe
o mesmo esgar que tu , os mesmos lábios que tu , os mesmos olhos que tu
queres que pare não é?
não , não páro , és um cobarde
um inútil cobarde e nem em millie vais sobrar
ouviste-me?nem em millie
e agora cala-te
disfarça tudo bem disfarçado e cala-te.
o empregado vai trazer o chá e vais bebê-lo
cheio de modismos e reservas
circunstancialmente , como gostas tanto de dizer
e vais fazer tudo muito em silêncio .
depois retiras suavemente um elegante caderno de apontamentos do bolso esquerdo
e vais tirar anotações da paisagem
vais ser de um terno e comovente bucolismo
ou talvez até possas contar como querias
sobrar
em algum rosto de há muitos anos atrás
ou tão só num rosto ainda hoje avistado numa errática caminhada pela cidade.
e vais sorrir vagamente e recordar
como eram belos os olhos de millie
e como te pareciam dizer a cada vez
que te amavam
e vais recordar do beijo que te dava a mãe quando saías para a escola
então verás que só sobraste no rosto da mãe
e no seu rosto perfeitamente morto .
então ,scott
então saberás que não és escolho
nem nome na agenda de ninguém
ou pessoa grata na memória de qualquer pessoa esta noite
ou qualquer outra noite.
ninguém sabe o teu endereço de cor
ou como gostas de beber café puro pela manhã.
uma circunstância , scott
és só isso , uma circunstância
a cair de velho
sem tédio, sem ombro
e com ossos cada vez mais nítidos.
deixa cair os olhos
a voz
olha-te ao espelho , se puderes,
e depois
na terceira gaveta da escrivaninha
debaixo das cartas que millie devolveu encontras o revólver que o teu pai escolheu .
decide:
circunstância?

torsdag, september 2

valise catatónica

não posso levar comigo a paisagem que avisto da janela.mas levo este livro e aquele e aquele e aquele , não melhor não, só estes.
é preciso avisar a luz a água o telefone os amigos. é preciso abandonar a cadeira onde lia o jornal.tantos papéis , recados de treze anos , diário dos catorze,cartões postais dos quinze anos enamorados,promessas quebradas aos dezasseis,bilhetes de concertos aos dezassete,entradas em museus aos dezoito , de repente e a faculdade, e mais as utopias despenteadas, alguns rostos perdidos e tropeçaste na idade adulta.
as fotografias da mãe , todas comigo, todas assim tão poucas.
quanto pesarão na bagagem os postais dos amigos?paris, itália , copenhaga,nova iorque , berlim...rostos que ficam,mãos que aperto ainda,mãos tão longínquas.
a música...este cd vai e mais este não vivo sem este e mais ainda aquele ...olho os filmes que vimos e este que foi tão bom,chovia lá fora e a alegria estava a cantar sublime nos nossos pulsos.
o que vai, o que fica, balanço de imaginários.e mais este colar de missangas e mais este lencinho de quando as mulheres os usavam e mais esta caixa pequenina onde se guardavam comprimidos .
deixo as tintas,os pincéis e vários casacos onde o meu corpo já não cabe.
daqui a nada faz frio.daqui a nada a vida , outra vez , vestida de fantasia e tu impreparada, quase sem máscara, quase.a vida a levar-te , a levar-me.não posso deixar a pequenina caixa de veludo preto onde cabem do mesmo tamanho que o eterno os perfeitos instantes que vivi.
atado está também teu nome,teus olhos,verdes ,assim verdes,verdes de menor melancolia ,verdes e inteiros ,verdes e de mundo , verdes e tão de ti ,caixa-forte,teu cheiro , teu ombro iluminado .
e mais esta folha quebrada,esta manhã esquecida e o caderno preto que esqueceste.

onsdag, september 1

la la lllaaaallalala

aprés tout je m`en fous,canta odile em band a part,paris afora...a música é de piaff e chama-se
je t´ai dans la peau:


Je t'ai dans la peau

Toi...Toujours toi...
Rien que toi...Partout toi...
Toi... toi... toi...Toi...
Je t'ai dans la peau,'
y a rien à faire.
Obstinément, tu es là.
J'ai beau chercher à m'en défaire,
Tu es toujours près de moi.
Je t'ai dans la peau,'y a rien à faire.
Tu es partout sur mon corps.
J'ai froid, j'ai chaud.
Je sens la fièvre sur ma peau.
Après tout, je m'en fous de ce qu'on peut penser.
Je n'peux pas m'empêcher de crier.
Tu es tout pour moi, j' suis intoxiquée
Et je t'aime, je t'aime à en crever.
Je t'ai dans la peau,'y a rien à faire.
Obstinément, tu es là.J'ai beau chercher à m'en défaire,
Tu es toujours près de moi.
Je t'ai dans la peau,'y a rien à faire.
Tu es partout sur mon corps.
J'ai froid, j'ai chaud.
Je sens tes lèvres sur ma peau....
'y a rien à faire, j' t'ai dans la peau...

No Celeiro

  • juni 2004
  • juli 2004
  • august 2004
  • september 2004
  • oktober 2004
  • november 2004
  • desember 2004
  • januar 2005
  • februar 2005
  • mars 2005
  • april 2005
  • mai 2005
  • juni 2005
  • juli 2005
  • august 2005
  • september 2005
  • oktober 2005
  • november 2005
  • desember 2005
  • januar 2006
  • februar 2006
  • mai 2006
  • juni 2006
  • juli 2006
  • august 2006
  • oktober 2006
  • november 2006
  • desember 2006
  • juni 2007
  • september 2007
  • november 2007
  • desember 2007
  • februar 2008