mandag, mai 23

polivalência

há pessoas com muito talento para se queixarem. fazem-no operaticamente,algumas, trejeitos maneiristas, ênfases à la traviatta, algo de saleroso no queixume.
já outras optam pelo tom minimalista, com uma mundivisão metafísica. estes últimos são os que prefiro. nunca começam por se queixar de si, da vidinha, preferem sempre um genérico tom catastrofista, uma respeitabilidade franciscana, um afastamento shopenhaeueriano, sem esquecer o tom displicente de quem desistiu disto há muito. disto quer dizer de nós, os outros, que os ouvimos, acalentamos, oferecemos tempo, chá,linha telefónica ou um chocolate regina, consoante o grau de emergência.
um extenso pfffffffff e encerre-se o post.

No Celeiro