espinho ( para uns certos já idos , espeto)
não haveria no mundo cidade mais consoante com o meu estado de espírito actual.
a linha do caminho-de-ferro(grande cavalo de ferro , para os menos versados) atravessa a cidade a meio,como uma cicatriz no rosto.
lembro-me agora da mulher de o livro das ilusões de paul auster, a mulher da cicatriz no rosto que retirou a um homem o medo de voar, mas isso é outra história.
nos últimos meses ,iniciaram-se as obras que vão fazer a linha de caminho -de-ferro ser subterrânea.
bordejando toda a linha férrea e uma das principais avenidas da cidade(espinho tem números ),a avenida 8, ( nova iorque inspirou-se directamente nos modismos algébricos espinhenses) havia um corredor de ancestrais palmeiras tropicais.
essa avenida está agora totalmente isenta dessas palmeiras que foram transplantadas para outro lugar.
o efeito de estranhamento produzido pela ausência das palmeiras é intenso .
mas o que suscitou o rabisco que estou a fazer é o facto de algumas obras estarem a ser feitas de noite.
o conjunto de sons assemelha-se a um submarino.pelo menos ao som dos submarinos da minha imaginação .
e é surreal ver estes homens de língua estranha escavar túneis pela calada da noite.muitos filmes de espionagem já escorreram de minhas retinas.
o que também não me escapa é a função cidade na minha pele.nos últimos tempos,cogitando a hipótese de me escapulir para paragens londrinas,espinho ficou com outros contornos.
a pequena cidade da nortada e da maresia,quase sem história,ficou a pesar-me na pele que de tanto planear nomadismo julgava vazia.
e fiquei muito sentimental ao ver esta cidade ficar despenteada , sem as suas palmeiras .
assim , como eu, à procura do bater calmo do meu coração, quase esvaziada .
a linha do caminho-de-ferro(grande cavalo de ferro , para os menos versados) atravessa a cidade a meio,como uma cicatriz no rosto.
lembro-me agora da mulher de o livro das ilusões de paul auster, a mulher da cicatriz no rosto que retirou a um homem o medo de voar, mas isso é outra história.
nos últimos meses ,iniciaram-se as obras que vão fazer a linha de caminho -de-ferro ser subterrânea.
bordejando toda a linha férrea e uma das principais avenidas da cidade(espinho tem números ),a avenida 8, ( nova iorque inspirou-se directamente nos modismos algébricos espinhenses) havia um corredor de ancestrais palmeiras tropicais.
essa avenida está agora totalmente isenta dessas palmeiras que foram transplantadas para outro lugar.
o efeito de estranhamento produzido pela ausência das palmeiras é intenso .
mas o que suscitou o rabisco que estou a fazer é o facto de algumas obras estarem a ser feitas de noite.
o conjunto de sons assemelha-se a um submarino.pelo menos ao som dos submarinos da minha imaginação .
e é surreal ver estes homens de língua estranha escavar túneis pela calada da noite.muitos filmes de espionagem já escorreram de minhas retinas.
o que também não me escapa é a função cidade na minha pele.nos últimos tempos,cogitando a hipótese de me escapulir para paragens londrinas,espinho ficou com outros contornos.
a pequena cidade da nortada e da maresia,quase sem história,ficou a pesar-me na pele que de tanto planear nomadismo julgava vazia.
e fiquei muito sentimental ao ver esta cidade ficar despenteada , sem as suas palmeiras .
assim , como eu, à procura do bater calmo do meu coração, quase esvaziada .
1 Comments:
sim,as cidades ficam suspensas na pele como a tua escrita!
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