espinho ,parte dois
nuno júdice tem um pequeno livrinho intitulado roseira de espinho.
neste refere-se ao poeta manuel laranjeira e o que acho mais engraçado nesse livro é a relação feita entre a geometria racional das ruas de espinho e a sensibilidade emotiva do poeta suicida.
realmente,estou estupefacta com a importância com que este lugarejo de repente ficou em mim.
parece que a memória tem mesmo geografia e as emoções uma cartografia.
aqui , não sei se sou eu que me reconheço nas ruas onde fui feliz,ou se as ruas me chamam agora ,estreitando -me num consolo de pedra e maresia.
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