torsdag, august 19

o futuro todo ficou passado .

conheci muito cedo o sabor da casa vazia.o teu lugar a morrer,a cama maior que tudo ,as roupas com muito cheiro e já sem corpo.

reconheço outra vez os mesmos sinais.a desabitação do lugar.a dor antes de abrir a porta.calculo o silêncio cuidadosamente.
toda eu sou a espera do vazio .a quem pertence este vazio?faltava tanto, eu diziahá poucos dias,há poucos textos.faltava repetir o beijo,faltava praga.e já tudo falta.
ensaiei tantas vezes a despedida que não me sobra agora o dizer -te adeus.
sou pobre como este chão gasto e não caibo nos lugares que me deixam vazios.

No Celeiro