fredag, august 27

greeting card

o que quero antes de se fechar a casa,antes do verão ser outono e se recolherem os frutos em fotografias indivisíveis?
o que quero não tem nome e já morreu.
no peito pousam as cidades que foram nossas e as pessoas pesam-me com seus sobretudos de aço .não me trazes a água nem o linho puro onde cosa os olhos.
mas estamos ainda aqui.
antes do fim do verão, antes da casa fechada e não me resta o que te dizer.as unhas inventam papel rasgado e os olhos fecham-me no mundo que não te vê.
um dia o pó,outro o resto e de tudo só o que quisermos.
entretanto fico magra,estrangeira nas roupas que me vestem sem ti, enquanto adormeces na cama onde o meu nome é um osso atravessado.
antes de fechar a casa,as gavetas que esvaziamos respondem por nós e são tudo o que não é silêncio.

No Celeiro