luch time
já sei quase tudo sobre a seta do tempo. é muito bom lembrar de um rosto a sorrir. lolita, a gata nabokoviana preferia ser chamada de maria callas. torneiro-mecânico parece-me uma profissão votada à psicanálise. músicas erradas fazem-me tomar os chás errados e ver o passado todo torto. a seta do tempo. gastar palavras é isto. mambo, o canídeo, recomenda-me a releitura de a cartuxa de parma. resumo de vida: o meu existencialismo precisa de ordem alfabética.
tenho amigos que escrevem contos sobre budistas no metropolitano de nova iorque.
devemos constatar o azul quantas vezes ao dia?
alejandra pizarnick sai comigo e responde telefonemas urgentes. há quem juro haver um poema entre artaud e ruy belo. quero uma teoria estética onde caibam as latas de atum ramirez. adorno que me perdoe. dormir é quando a vida olha para dentro. os meus dedos estão mais frios do que eu pensá-los frios. vou telefonar e perguntar por mim. alejandra, alejandra, aqui debaixo nem pele, nem medo. a seta do tempo.
é sempre preferível o incenso à insanidade.
as minhas crenças tossem durante a noite.
alejandra, alejandra, ainda é noite de manhã, vamos começar tudo de novo. o teu nome eu não digo nem chamo nem levanto. levo-o à boca e nada, silêncio. de resto, já fui embora. os rostos que amei eram todos perfeitos. está tudo assim, quieto e animal numa só noite. esperar a morte leva tantos anos. entretanto o enredo diz: dançar. dançar aos poucos, como se fosse de jardim em jardim.
tenho amigos que escrevem contos sobre budistas no metropolitano de nova iorque.
devemos constatar o azul quantas vezes ao dia?
alejandra pizarnick sai comigo e responde telefonemas urgentes. há quem juro haver um poema entre artaud e ruy belo. quero uma teoria estética onde caibam as latas de atum ramirez. adorno que me perdoe. dormir é quando a vida olha para dentro. os meus dedos estão mais frios do que eu pensá-los frios. vou telefonar e perguntar por mim. alejandra, alejandra, aqui debaixo nem pele, nem medo. a seta do tempo.
é sempre preferível o incenso à insanidade.
as minhas crenças tossem durante a noite.
alejandra, alejandra, ainda é noite de manhã, vamos começar tudo de novo. o teu nome eu não digo nem chamo nem levanto. levo-o à boca e nada, silêncio. de resto, já fui embora. os rostos que amei eram todos perfeitos. está tudo assim, quieto e animal numa só noite. esperar a morte leva tantos anos. entretanto o enredo diz: dançar. dançar aos poucos, como se fosse de jardim em jardim.
2 Comments:
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a insanidade é inevitavel.
só temos de apreciar bem todo e cada espaço que encontramos
entre o "estará longe o dia em que passei o limite?" e aquela
altura em que já deixámos de nos questionar... (a insanidade em si).
"that's when you just stop asking..."
o limite entre insanidade e vida é ténue..
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