o problema da desabitação
olho o que sou e vejo um desencaixe ontológico,sou um emaranhado de janelas abertas e desarrumações muito rentes ao vazio.
hoje andei a ver fotgrafias de maputo.nasci lá e não conheço ou sequer me lembro da cidade.a minha memória desse lugar está puramente falsificada pelas palavras da minha mãe.cheiros que quase posso sentir ,só pela força verbal com que eram evocados.
acho que um dia preciso conhecer essa cidade voltada para o índico.talvez eu seja uma criatura de nascentes e não de poentes.
onde eu vivo ,vivo voltada para o horizonte,a oeste.mas eu nasci de rosto virado para este.acho que por isso sou desnorteada.
hoje andei a ver fotgrafias de maputo.nasci lá e não conheço ou sequer me lembro da cidade.a minha memória desse lugar está puramente falsificada pelas palavras da minha mãe.cheiros que quase posso sentir ,só pela força verbal com que eram evocados.
acho que um dia preciso conhecer essa cidade voltada para o índico.talvez eu seja uma criatura de nascentes e não de poentes.
onde eu vivo ,vivo voltada para o horizonte,a oeste.mas eu nasci de rosto virado para este.acho que por isso sou desnorteada.
2 Comments:
você..... tem gente que não precisa de norte.... tem gente que não precisa de nada porque já é.... qualquer coisa, lençol ou onda, palavra ou vento; e eu nem sei de nada. muitos carinhos
eu diria, pelo modo como escreves, pelo que escreves, que independentemente de onde vieste, escreves virada para sul...
Esqueci-me de dizer, o sul para mim é o lugar de rumo para toda a escrita que me encanta e seduz.
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